quinta-feira, 18 de abril de 2013

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Ética Socrática


Sócrates – A Ética

Mas sobre o que Sócrates tanto dialogava? Qual era o conteúdo do seu pensar? Basicamente, Sócrates queria encontrar a essência, a definição, o que é a virtude. O problema para ele, vivendo em uma época de crise moral, era saber o que é a coragem, a justiça, o bem… Se a filosofia se iniciou com a pergunta pelo “que é” relativo ao mundo e à natureza, Sócrates retomou a questão e a redirecionou para o “que é” relativo ao ser humano e suas ações. Neste caso, é perfeitamente possível afirmar que Sócrates é o fundador da ética em sentido restrito. Este filósofo buscava a essência da virtude, aquilo que faz uma ação ser boa, um ser humano ser bom.
Para Sócrates, o conhecimento do bem levava à prática do bem. Se Atenas vivia uma crise de ordem moral, uma crise de valores, vivia também uma crise de saber. Especialistas afirmam que a teoria de Sócrates é a de que uma pessoa só pratica o mal por ignorância do bem, por não saber o que é a virtude. Diferentemente dos sofistas, Sócrates não concebeu a moral e os costumes como simples convenção. Havia uma verdade e era preciso buscá-la. Questões morais precisavam ser enfrentadas racionalmente.
Sócrates não foi um filósofo distante do seu filosofar. Ele vivia aquilo que pensava. Dialogava, revelava a ignorância dos falsos sábios, mostrava a decadência, incomodava. Os poderosos de sua época não tardaram em condená-lo. Acusado de ofender os deuses e corromper a juventude, Sócrates foi condenado à morte. Não fugiu, não se desesperou, respeitou as leis e as decisões. Morreu tomando veneno (cicuta) calmamente, serenamente.

quarta-feira, 3 de abril de 2013